Nem mesmo a Ciência, a Medicina avançada, e todo o aparato tecnológico existente hoje conseguem responder essa pergunta. Certo? Nem tanto…
Ou, pelo menos, é o que nós pensamos. Há 80 (isso mesmo: oitenta anos) um grupo de pesquisadores da Universidade de Harvard vem trabalhando nesta questão por meio de um estudo geracional realizado com centenas de homens norte-americanos.
O Estudo sobre o Desenvolvimento Adulto (Study of Adult Development, no original em inglês) começou em 1938, analisando 700 rapazes – entre estudantes da renomada universidade e moradores de bairros pobres de Boston.
Os pesquisadores acompanharam esses jovens durante toda a vida, monitorando seu estado mental, físico e emocional. O estudo continua agora com mais de mil homens e mulheres, filhos dos participantes originais.
O atual diretor do estudo, o quarto desde o início, é o psiquiatra americano Robert Waldinger, que também é um sacerdote zen.
Segundo o diretor do estudo, “há muitas conclusões neste processo”, disse numa entrevista à BBC. “Mas o fundamental, que ouvimos uma vez ou outra, é que o importante para nos mantermos felizes e saudáveis ao longo da vida, é a qualidade dos nossos relacionamentos”.
Conexão
“O que descobrimos é que, no caso das pessoas mais satisfeitas em seus relacionamentos, mais conectadas ao outro, seu corpo e cérebro permanecem saudáveis por mais tempo”, afirma o acadêmico americano.
O estudo trouxe à tona a valiosa informação de que, aqueles que mantiveram um relacionamento afetuoso com suas mães ganhavam em média 87 mil dólares a mais por ano do que os que não mantiveram. Já os que estavam próximos a seus pais demonstraram estar mais satisfeitos ao final da vida. Mas foram os relacionamentos por volta dos 47 anos que provaram ser os melhores indicadores de felicidade aos 80 e 90 anos de idade.
“Uma relação de qualidade é uma relação em que você se sente seguro, em que você pode ser você mesmo. Claro que nenhum relacionamento é perfeito, mas são essas qualidades que fazem com que a gente floresça”, afirma Waldinger.
No outro extremo, há a experiência da solidão, sentimento subjetivo de sermos menos conectados do que gostaríamos.
“Estou fazendo as coisas que têm significado para mim? Esse é o tipo de pergunta que devemos nos fazer quando falamos de felicidade”, sugere Waldinger.
E os seus relacionamentos? Como estão? Qual nível de satisfação e felicidade que você deseja para sua vida e onde está hoje?
Já se perguntou onde pretende estar *emocionalmente* daqui a 20 ou 30 anos?
Reflita sobre isso.